O desafio de aumentar a produção de alimentos orgânicos no Paraná conta com intenso trabalho junto a associações e cooperativas de pequenos produtores. Por meio de políticas públicas como o programa Coopera Paraná, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, aos poucos as organizações que investem em orgânicos estão reduzindo custos, se modernizando e superando dificuldades.
Mais de um terço das organizações atendidas pelo Coopera Paraná trabalha com produtos orgânicos. Das 106 cooperativas inscritas, 42 são de agricultura orgânica. Entre as 64 associações, 30 são desse tipo de alimento. E a produção é diversificada: inclui olericultura, fruticultura e temperos, entre outros produtos. Diante do aumento da demanda por alimentos saudáveis e de ameaças externas como a deriva de agrotóxicos e a expansão de monoculturas, fortalecer essas pequenas organizações é um compromisso do governo estadual.
No caso do Coopera Paraná, o estímulo aos alimentos sem agrotóxicos já começa nos critérios para pontuação no edital. Assim, quanto mais ações apresentadas para estimular a produção agroecológica ou orgânica, maiores as chances de um projeto ser aprovado. Com recursos de até R$ 600 mil, as entidades selecionadas conseguem financiar obras, adquirir matéria-prima, veículos, máquinas e equipamentos, e contratar profissionais.
“A ideia é melhorar a renda das famílias, garantir alimentos cada vez mais saudáveis e fazer com que a agricultura familiar possa industrializar os alimentos, agregando valor à produção”, diz o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Segundo o coordenador do Coopera Paraná, Jefferson Meister, o programa também fornece acompanhamento técnico-gerencial, capacitação e auxílio com comercialização e acesso a mercados. “Buscamos atender as necessidades das organizações desde o campo até a agroindustrialização e a chegada ao consumidor. São instrumentos para melhorar a competitividade e a renda. Para quem trabalha com orgânicos, isso faz toda a diferença”, explica.